sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O tempo dá seu jeito



A realidade é que quase todo mundo nesta vida já sofreu, já chorou, já lamentou; se martirizou semanas após semanas. Só não sabe o quão ruim é perder algo quem nunca sequer ganhou algo, nem que seja por ínfimos minutos.

Minha vez


Tive que esperar dias, foi necessário enxugar todas as minhas lágrimas, foi meu dever tentar me reerguer mesmo diante de tantos destroços. Afinal, quem nunca se frustrou no amor?

Procurei sempre a pessoa que me fizesse me sentir melhor, mais completo, transbordando em bons valores e sentimentos. Eu a achei, eu acho que a achei, na verdade. Mas não importa nada disso mais. Eu a perdi, e a perdi de uma forma que eu não imaginaria perder.

É lindo quando você faz o possível e o impossível, abre mão de coisas e mais coisas apenas com um único fim: ser o melhor no que faz e no que é apenas com a modesta intenção de tirar o mais leve sorriso de satisfação do seu querido amor.

É triste quando você faz o possível e o impossível, abre mão de coisas e mais coisas com a finalidade de ser o melhor no que faz e no que é para, depois de tudo, perceber que os dias juntos não se prolongarão mais, que o pôr do Sol não será mais o mesmo, que o vento que refrescava esfriará mais por não ter mais aquele que o fazia esquentar. Enfim, sozinho.

Chorei o que tinha de chorar, lamentei o que tinha de lamentar. E no fim das contas vejo o quão incapaz eu sou: tenho de entregar tudo ao tempo, afinal, de tudo o que fiz, nada parece que valeu a pena e tampouco garantiu nada.

Nem a "solteirice" me aguarda. Mas capaz a solidão. Aliás, melhor mesmo a solidão, melhor que o sorriso forçado de superação, que as frases reflexivas postadas no Facebook; melhor mesmo que as saídas fingidas, aquelas marcadas pelo "quando mesmo tão longe dele está, mais perto e estagnada a mente nele fica".

Ficarei esperando um dia melhor se apresentar, só que até lá ficarei revendo as fotos ao mesmo tempo que tento reconstituir na minha iludida mente aqueles momentos que não acontecerão mais. (O seu cheiro? Já estou perdendo, assim como o sabor dos seus beijos.)

É... O tempo, é esse o jeito. Não adianta mais nada, não é?

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